domingo, 20 de maio de 2012


Oboé

O oboé é instrumento musical de sopro, classificado como um 
aerofone , membro da família das madeiras e de palheta dupla. 



A família das madeiras inclui as flautas, clarinetes, fagotes, 
saxofones, entre outros, sendo que oboés e fagotes possuem 
palhetas duplas. 



O corpo do oboé, em formato cônico, é normalmente em madeira
 (ébano, jacarandá, dentre outras ) , mas pode ser também 
encontrado em resina, compósitos e plástico.

 A palheta dupla é constituída por uma pequena e delgada tira 
de uma cana especial cana da Índia , da espécie Arundo donax,
 dobrada em dois e um pequeno tubo de metal (staple) é colocado
 entre os dois lados da tira dobrada, a qual é então passada em 
volta do tubo e firmemente amarrada a ele. A parte dobrada 
da tira é cortada e as duas extremidades, criteriosamente 
desbastadas e raspadas, constituindo então a palheta dupla. 
O tubo de metal encaixa-se em uma base de cortiça que é 
firmemente fixada na extremidade superior do oboé.

O músico que toca o oboé é denominado oboísta.



O oboé é considerado como um dos instrumentos de sopro
 de técnica mais difícil (requer grande controle respiratório e 
relativamente altas pressões de sopro), além de sofisticado 
controle labial das vibrações da palheta, por meio da chamada
 embocadura.

Oboé vem do nome francês hautbois, que significa madeira alta, 
devido ao seu registro agudo. Embora a pronúncia atual de 
hautbois se assemelhe a oboá, até o século XVII a pronúncia era
 oboé. Como o instrumento já havia se espalhado pelo mundo 
quando esta mudança ocorreu, o nome permaneceu assim em 
português e em algumas outras línguas. Pela mesma razão, em
 algumas línguas o instrumento é chamado de oboa.



Família do oboé

Outros instrumentos da família do oboé são o oboé piccolo em 
Fá, o oboé d'amore em Lá, o oboé baixo em Dó (chamado oboé
 barítono em França) e o oboé contrabaixo em Dó.


domingo, 13 de maio de 2012


Gongo

O gongo é um instrumento musical, mais precisamente um idiofone 
percutido.

O gongo é uma chapa de metal, geralmente em formato circular, com
 as extremidades voltadas para dentro. Fabricado geralmente em bronze, 
latão, em ligas de cobre e estanho, ou outras ligas, mas os gongos 
produzidos na Índia ou os produzidos em África podem ser feitos de 
outros materiais. O seu diâmetro varia de 20 a 70 cm. 



Possui uma protuberância saliente no centro, a campânula (ao contrário 
do tam-tam). Devido a essa campânula, é possível a perceção de uma 
nota fundamental, que faz com que o gongo não seja inteiramente um
 instrumento de altura indefinida. A sua extensão vai de Dó1 a Dó5 ou Sol5.

Gongo Chines

Ele é tocado através de uma baqueta de metal com a extremidade macia 
coberta a feltro ou coiro. O som pode ser uma batida isolada ou o efeito de
 rufo. É usado para produzir efeitos especiais na orquestra. O gongo 
encontra-se suspenso em armação própria, por duas cordas, pelo seu 
bordo revirado.


A origem do gongo é incerta. A palavra gong é de origem javanesa, mas
 existem indícios de existência de gongos no Sudeste da China desde o
 século VI. O gongo foi introduzido nas orquestras ocidentais em meados
 do século XIX, mas nesse contexto ele é frequentamente chamado de 
tantã (o que cria confusão com o tantã). Na orquestra ocidental, o gongo 
geralmente vem sozinho, mas nas orquestras gamelan da Indonésia é 
frequente aparecerem conjuntos de gongos dispostos cromaticamente.

quarta-feira, 2 de maio de 2012


Tambouras 

Tambouras (em grego ταμπουράς, transl. tamburás), em sentido genérico, 
é a designação grega de uma família de instrumentos de corda, e, em 
sentido estrito, de um determinado instrumento pertencente a esta família.

Em sentido genérico, tambourás designa para os gregos a família dos 
alaúdes de braço longo, como o saz turco, o tanbur, entre outros. Estes
instrumentos têm como característica comum uma caixa de ressonância
 bojuda e um tampo plano, com ou se abertura, sobre o qual é apoiado 
um cavalete para sustentar as cordas. 

O braço destes instrumentos é sempre fino e longo, e possui trastes 
móveis, atados em espaços variáveis que permitem afinações em modos
 (com intervalos não temperados, maiores ou menores do que o semitom). 

O número de cordas não é sempre o mesmo, podendo ser duas, dois pares,
 três, três pares, dois pares e um trio. Predominam as três cordas (sejam 
elas em pares, simples ou em trios). As dimensões do instrumento também 
variam de acordo com a época e a região, podendo ultrapassar um metro de
 comprimento e também, às vezes, ser bastante reduzidas.

Tambourás do general Makrigiannis, da época da revolução grega (séc. 19)

Em sentido estrito, o tambouras é o tipo específico de alaúde de braço longo
 encontrado na Grécia desde, ao menos, o Período Helenístico (quando era 
conhecido como pandouris). Acredita-se que a designação "tambouras" seja
 uma transformação da palavra pandouris.

No poema grego medieval Digenis Akritis o herói num dado momento toca 
seu tamboúri (variante da palavra tambouras). O tambourás grego caiu em 
desuso no final do século XIX, quando, sendo temperado e ganhando trastes, 
transformou-se no bouzouki. Nas últimas décadas, o tambouras vem sendo 
cada vez mais utilizado na Grécia por músicos interessados em pesquisar 
a tradição musical grega.



Bouzouki

O bouzouki é um instrumento muito popular na música tradicional da 
Grécia. Com o nome derivado da palavra turca buzuk não sofreu grandes
 alterações ao longo dos séculos. Foi perseguido no último século por 
estar associado, erradamente claro, à sociedade criminal na Grécia.



A música tradicional relacionada com este instrumento - a rebetika - 
esteve, de fato, muito tempo ligada ao mundo prisional, resultando
 da adaptação da música rural, em geral designado por demotiki, às
 condições da população urbana vinda do campo e procurando trabalho
 na cidade. 



Embora o bouzouki se tenha transformado no instrumento mais 
característico da rebetika (proveniente embora da grande família 
balcânica das tambouras), a verdade é que a elementar baglama, 
que ainda hoje está para o bouzouki como a viola para a guitarra
 no fado, resulta da invenção de um instrumento que acompanhasse
 as canções dos presos, mas que tivesse simplicidade e dimensões 
que permitissem construi-la e escondê-la em prisões onde eram proibidas.



Hoje em dia afirma-se que tocar bouzuki e conseguir tirar do instrumento
 “o espelho da nossa alma” é privilégio que só alguns conseguem atingir...
 Originalmente o bouzouki tinha 3 cordas duplas com afinação mais 
comum DAD (Ré-Lá-Ré) (outras afinações, como MI-LA-MI e DO-SOL-RE 
também poderiam ser usadas). Hoje em dia encontram-se bouzukis de 4 
cordas duplas com afinação CFAD (Dó-Fá-Lá-Ré), o que permite fundir muita
 da técnica de guitarra na tradicional técnica das gerações. 

O bouzouki de 4 cordas é uma evolução muito recente, da metade do séc.
 XX, e os músicos mais adeptos do rebétiko costumam rejeitá-lo, preferindo 
o de 3 cordas, que serve melhor à música modal tradicional.

Um bouzouki irlandês.


A título de curiosidade, é frequente encontrar o bouzouki nas formações
 musicais irlandesas; tratando-se, contudo, de uma transformação do 
original grego, importado muito recentemente pelos grupos folk irlandeses.