Sanfona (instrumento de corda)
A sanfona ou viola de roda é um instrumento musical de corda
friccionada (cordofone). O que a torna característica, do ponto de
vista sonoro, é o fato de se parecer com um violino com bordões e por
ser capaz de produzir um zumbido usado ritmicamente por médio
de uma corda apoiada numa ponte móvel (cão), e fisicamente, pelas
cordas serem friccionadas por uma roda com resina, por intermédio
de uma manivela, e pela melodia ser criada através de um teclado.
Sanfona - França, século XVIII
O som produzido por este instrumento assemelha-se a um cruzamento
entre um violino, por ser de corda friccionada e possibilitar melodia,
e uma gaita-de-fole, por ter bordões, por intermédio de de outras
cordas que apenas reproduzem uma nota contínua, nota pedal.
É um instrumento que se relaciona bastante com a música tradicional.
Origem
Supõe-se que a sanfona surgiu no século XI, d.C., no norte da
Península Ibérica, embora alguns historiadores reapontem a localização
do seu surgimento para o Norte de África.
A sua forma mais arcaica conhecida é o organistro (também
conhecido pela designação em latim, "organistrum"), um
enorme instrumento em corpo de guitarra, que continha
apenas uma corda de melodia,que cobria uma oitava
diatónica, e dois bordões, ainda sem a ponte móvel.
Este instrumento, devido ao seu tamanho, exigia ser tocado
por duas pessoas, separando-se em friccionar as cordas e em
tocar a melodia pretendida. Este acto consistia em puxar para
cima barras de madeira ao longo da escala que, com pinos a meio,
encurtavam a corda de modo a obterem diferentes notas. Como
este movimento requer algum esforço, as melodias tocadas eram lentas.
Decadência
Com a introdução do órgão, caiu em desuso nos locais de culto,
no século XII. A sanfona passa então a ser usada pela nobreza,
trovadores, jograis e pelo povo. Com o passar do tempo, mendigos,
cegos e vagabundos usam-na para tocar nas ruas e em feiras.
Sanfonas de estilo húngaro
No final do século XIX o instrumento entra em decadência,
tendo quase desaparecido totalmente. Em Portugal perdurou até
princípios do séc. XX, extinguindo-se. No entanto, na década
de 1990 foi reabilitado e, atualmente, existem bastantes tocadores.
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